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27 de out. de 2012

Livro: Estilhaça-me

X-Men encontra Jogos Vorazes.
Descobri sobre ele quando a autora veio ao Brasil, esse ano, e iria autografar livros. Por imprevistos do destino, não pude comparecer. Mas tinha lido a sinopse do livro e de cara falei para minha amiga: "ah, é a história da vampira (dos X-Men). Eu gosto dela." Como me emprestaram o livro, não tinha porque não ler.
A parte "jogos vorazes" do livro se dá pelo fato de se passar em um futuro meio distante, com um governo autoritário que controla a comida e alimentação da população em nome de uma ordem maior - da sobrevivência humana - uma vez que nossos recursos biológicos estão acabando (a crise ambiental deixou de ser uma crise e virou uma realidade). Essa parte de usar a crise ambiental como plataforma para uma reforma autoritarista do governo poderia ter sido melhor explorada, mas como esse é o primeiro livro da série, uma introdução a história, ainda tenho esperança que ela usará essa ideia melhor.
A história não tem nada de muito novo. Não me surpreendeu nem para melhor, nem para a pior. É o que eu esperava quando li a sinopse. A história da Vampira adolescente, que acabou sendo abandonada pelos pais após um acidente que acabou por matar uma criança e foi parar em uma instituição "penitenciária". (ela ficou presa, por mais de 1 ano, em uma cela minuscula, com uma janela pequena. Comida só de vez em quando, e nada muito boa. Banheiro só 1 vez por dia também, e claro, sem nenhum contato humano).
Como toda a história adolescente atual, tem que ter 2 gatinhos, e eles, claro, são as únicas pessoas que podem tocar nela sem nenhum efeito colateral - que sorte para ela, porém enfraqueceu a história. Espero sinceramente que a razão para eles poderem tocar nela seja de alguma forma interessante. Fiquei com a impressão que seria algo relacionado com a mãe deles, uma vez que nenhum deles tem mãe e os dois possuem pais abusivos. Ainda acho que eles podem ser irmãos.
Apesar de que um deles é o filho do ditador 'malvado' e atualmente governa um "setor" (separaram as regiões habitáveis do mundo em setores, depois que a poluição tornou a maioria do planeta inabitável) e o outro foi um 'amigo' de infância da protagonista que sempre quis saber o paradeiro dela e sempre gostou dela desde a infância. (achei estranho isso. Pessoa obcecada. Foi até para o manicômio encontrar com ela e deu um jeito de tirar ela de lá.)
Nesse livro ainda não fica explicado o poder dela exatamente. Só se sabe que quando ela toca uma pessoa, a humanidade da mesma passa para ela, e ela sente prazer com isso. E só ela pode romper o contato. Ainda não ficou claro o que ela ganha com o toque, além do êxtase da hora. E ainda não se sabe se ela absorve os poderes de outros como ela, porque ela ainda NÃO TOCOU ninguém com poder. Ahh, ela ainda tem uma força absurda, que surge quando ela mais precisa. Força o suficiente para quebrar concreto, abrir metal duplo reforçado e enferrujado.
Nada ficou muito explicado nesse livro para ser sincero. Ele é bastante introdutório, e só. Ele nos apresenta uma protagonista que tem sérios problemas em se aceitar como diferente e aprender a viver desse jeito. De certa forma, ela escolheu não lutar e deixar os outros fazerem dela o que quiserem. Mas quando chamam ela pra luta, e mostram que de alguma forma ela pode ser "boa", ela levanta e enfrenta os problemas. Quando ela descobre o "amor do primeiro livro", ela faz tudo por ele. Em muito momentos, ela defende ele. Ela luta por aquilo que ela acredita. Ela só não acredita em si ainda.
Uma coisa que não gostei do livro, e por isso gostaria da versão em inglês para ler o original, foi o tipo de escrita. O português usado são sempre em frases simples, diretas. Quase sem adjetivos e com muitas repetições. É um estilo de escrita que eu, particularmente, não gosto. Mas conheço pessoas que gostam e só escrevem dessa mesma forma. Prefiro frases maiores, com mais detalhes e menos repetições. Ela tem a mania ainda de escrever e para mostrar que não deveria ter sido escrito, que seria um pensamento dela, faz isso. Mas sejamos sinceros, um pouco até tudo bem, mas é muito e fica cansativo. No meio do livro, eu já ignorava o que estava riscado. Isso quando ela não escrevia a mesma coisa mesma coisa mesma coisa mesma coisa uma 3 vezes e riscava pra dá enfase. Existem formas mais interessantes de dá destaque a um pensamento.
Para finalizar, quero ler o livro original e vou ver se leio todos em inglês. É a história da vampira, e se você gosta dela, mas não é fã de conhecer todas as histórias do quadrinho, tem grandes chances de você gostar do livro. Mas já vai sabendo, é uma outra versão, agora na forma de livro, de X-Men.

20 de out. de 2012

Série: NCIS LA

Já falei aqui sobre NCIS, a original, que se passa em Washington. Há 4 anos mais ou menos, eles resolveram fazer um spin off, montando uma equipe em Los Angeles.
Para apresentar os personagens, foi feito um primeiro episódio, indicando inclusive que Callen, o protagonista da série em LA teria um passado com o Gibs, protagonista da série original. Essa história nunca seguiu adiante. Aliais, daquele episódio de NCIS original, não veio quase nada para essa série. Inclusive a ex-chefe da equipe sumiu, aparece morta depois na série de Washington e a equipe de Callen nem aparece para ajudar. Meio estranho...
Na primeira temporada de NCIS LA existe ainda alguma ligações entre as séries, sendo a principal a presença do diretor da agência, que fez essa ligação muito bem. Além de um episódio que a minha querida Abby vem a Califórnia para ajudar a desvendar um caso. E confesso que só por essas ligações assisti a primeira temporada inteira. Achei bem chatinha. Até que apareceu um personagem que de primeira já chamou minha atenção, meu querido policial Deeks. Ele aparece na primeira temporada, existem alguns furos gigantes depois disso, e ele volta na segunda temporada. E volta para ficar.
Falo que tem um furo gigante na presença dele da primeira temporada porque ele fala que não poderia continuar ajudando na equipe do NCIS porque teria que ir disfarçado em algum caso. Mas o engraçado é o pessoal do NCIS chamando ele para pedir o suporte da LAPD (polícia de Los Angeles) em alguns casos que, como sempre, terão tiros, muitos tiros.
Outra coisa que não curti muito dessa série é o fato de eles não usarem nada de análise forense para resolver os casos. Mas nada mesmo. Vários casos poderia sem bastante simples se fosse feito um simples teste de DNA, ou uma análise sanguínea. (como na primeira temporada, quando sequestram o Dom, que o carro está cheio de sangue, e de cara já assumem que era do agente. Só depois quando existe a opção que não seja ele que resolveram enviar o sangue para análise.) E quando você procurar qualquer sinopse dessa série, vai dizer que além do trabalho infiltrado, eles usam a tecnologia para desvendar os casos. Me desculpe, mas eles são patrocinados pela Microsoft. O tablet que eles usam é o da Microsoft. Eles fazem pesquisa no Bing. Eles conversam por msn. Eles usam os programas de edição de fotos do Windows. Me desculpe, mas isso não é ser altamente tecnológico. O tablet falha nos momentos principais, como na apresentação para o público.
A série só passou mesmo a me interessar a partir da segunda temporada, com a presença do Deeks e o casal Deeks e Kensy. Eles são tão fofos! Meu casal favorito da televisão nesse momento, sem dúvidas. Quando o episódio já começa indicando que será sobre eles, já sei que vou adorar. O que eles estão disfarçados de um casal, desvendando a vizinhança por espiões russos é um dos episódios mais clichês, mais fofos e absolutamente meu favorito.
Quanto a Callen, o protagonista da série, tem um mistério meio estranho, que não faz muito meu tipo. O primeiro nome dele é apenas G e meio que ninguém sabe de onde vem o G. Na primeira temporada, tem um cena com a Hetty, me me faz pensar que ele sabe sim, só não gosta do significado, mas depois eles de fato mostram que ele não sabe, e sua maior vontade é descobrir sua família. Como todo o bom policial, ele tem uma história de vida bastante disfuncional. Sua mãe foi morta quando ele tinha 5 anos e desde então ele viveu em orfanatos. Passou por 37 casas, nunca ficando mais de 3 meses no mesmo lugar. Tudo o que ele quer é descobrir quem é a família dele, de onde ele veio. Sobre a mãe a série já falou um pouco, era agente da CIA e talz. O pai, ainda não sabemos nada. Ele faz umas escolhas de vida meio sem noção, mas faz parte. Às vezes tenho a impressão que o roteiristas querem colocar uma profundidade em um personagem que não tem.
A parceiro dele é o Sam, ex-SEAL (unidade de elite da marinha americana, responsável por resgatar reféns de países em guerra - entrando e saindo do país sem ser notado). Ele tem uma família que nós ainda não fomos apresentados. Tem 2 filhos. A garotinha já apareceu uma vez, mas a mulher e o outro filho não. E mesmo com mulher e filhos ele consegue nunca criar uma rotina (ficaria fácil para os bandidos "pegarem" ou atacarem ele caso ele fizesse). Mas ele é tão bom em compartimentar coisas, que a família dele nunca entrou em perigo. Sam é o suporte de Callen. Age como o pai, o protetor da equipe, mas não é o líder.
Outra personagem que gosto muito é a Hetty, interpretada pela Linda Hunt. Ela é a mesma que inspirou a estilista da animação "Os Incríveis", e mesmo depois de 3 temporadas vendo ela como Hetty, não consigo não ver ela como a personagem dos Incríveis. Mas enfim, ela foi uma agente de renome em sua época, e hoje é chefe de operações do escritório de Los Angeles. Confesso que na primeira temporada tive a impressão que ela seria a estilista deles, afinal para você montar um personagem que entrará infiltrado em organizações criminosas, é bom você estar com a roupa adequada. Mas logo viram que ela podia ser mais, e deram um upgrade na personagem - o que foi bem legal. Ela é a lenda do NCIS LA, assim como Gibbs é a lenda do NCIS. Gostaria de ver um episódio com os 2...
Uma coisa que não gosto dessa série é o fato deles dividirem os parceiros mesmo. Tipo, Callen é o parceiro de Sam, e Deeks de Kensy. No NCIS eles são um time, comandado pelo Gibs, e todos trabalham com todos. Aqui não, você tem seu parceiro, e quase nunca trabalha com o outro. Isso tira a ideia de eles serem uma unidade e cria um certo individualismo que não deveria existir. Mas eles tinha que criar sua própria identidade.
Uma coisa que me assustou nessa série foi a capacidade deles falarem línguas estrangeiras. E falarem como fluentes. Como assim? Quem consegue falar todas aqueles línguas fluentemente?
E outra coisa estranha é o cross over com Hawaii Five-0. Porque eles fizeram aquilo? Eu desisti de Hawaii five-0 porque achei muito estranho aquilo lá, soluções meio bizarras, e de repente eles estão no mesmo mundo. Como assim?Assisti o episódio de NCIS LA, mas não assisti o de Hawaii. A verdade é que os personagens da outra série ficam em segundo plano, com piadas que os fans de apenas 1 das séries não entendem.
Enfim, é uma série que vale a pena para ver meu casal favorito, e o casal fofo de nerds (que sempre tem que ter, sempre são fofos, e nesse caso falta destaque para eles). O psicólogo, Nate, também podia ter sido bem melhor explorado, mas infelizmente não souberam fazer isso, e agora ele só aparece em poucos episódios.

13 de out. de 2012

Livro: Anjo da Morte

Esse é o terceiro livro da coleção dos "Karas" escrito pelo autor brasileiro Pedro Bandeira.
O livro é bem didático, e como tal costuma ser usado como livro obrigatório no colégio. Foi assim que conheci pela primeira vez esse grupo fantástico de crianças, que se denominam Karas - Calú, Magri, Crânio, Chumbinho e Miguel. Li o primeiro livro, Droga da Obediência, quando tinha 11 anos, na quinta série fundamental. O livro é tão memorável, que até hoje lembro da história com bastante perfeição. Mas acho que perdeu um pouco a graça porque era livro obrigatório, e talvez por isso nunca tenha corrido muito atrás da continuação - até porque os livros são bastante independentes.
Até que um dia recentemente, encontrei em na barraquinha que fica na faculdade de letras da UFRJ o livro super baratinho (usado, mas em perfeito estado). Não resisti e comprei.
Como todo o livro para ser usado na escola, ainda veio com aquelas perguntas de interpretação de texto...

Anjo da Morte fala sobre uma conspiração nazista para dominar a América Latina e restabelecer o IV Reich. Como em toda a boa história, temos que ter um vilão bem estabelecido. E como Hitler já é considerado o maior vilão de todos os tempos, isso acabou sendo mantido.
A realidade dos campos de concentração chegam através da história do professor de teatro do Calu, um sobrevivente que viveu refugiado no Brasil, e o assassinato dele que gera o envolvimento dos Karas na investigação policial.
A história é bastante surreal, e o final não me convenceu muito. Não fez sentido ele matar o amigo só para não ter sua identidade revelada. O professor provavelmente guardaria o segredo, porque não? Mas isso é muito provável a ser pelo fato de eu já ter passado da idade de ler esses livros, e como gosto bastante de series policiais acabo vendo alguns erros.
Outra coisa é que o Nazismo é simplificado como Mau. Os nazista são maus. Mas ao mesmo tempo, o lar da juventude brasileira (instituição de caridade criada pelo Anjo da Morte) tirava as crianças da rua, dava casa, comida e um treinamento. Pode não ser a melhor profissão do mundo, mas era uma profissão. No final, com a organização desfeita, essas crianças ficaram sem amparo mais uma vez.
É... talvez a complexidade entre o bem e mau esteja no entre linhas. É claro que não existem desculpas para os campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial, mas era uma guerra, e muitas coisas ruins aconteceram. E não adianta colocar a culpa todos nos alemães. A história é escrita pelos vencedores.

Enfim, esse livro é o 3º livro dos Karas. Me parece ter sido escrito pensando em ser trabalhado em sala de aula. Só de escrever aqui sobre ele várias coisas que não me ocorreram antes sobre o livro vão aparecendo.

Mas uma coisa gostaria de deixar claro: Desde que li o primeiro livro, Droga da Obediência, lá com os meus 11 anos, sempre achei que eles deveriam virar uma série a la Sítio do pica pau amarelo.
Esses livros pedem uma adaptação audiovisual bem feita.
A história é super bem feita, os personagens são simpáticos. A receita para um seriado de sucesso tá ai. - para um público infanto juvenil, claro!...

Como comprei o livro no sebo/barraquinha a capa foi essa -->

Mas que capa feia. Quem foi o editor que deixou isso acontecer?
Alguém sabe me explicar o significado dela?

8 de out. de 2012

Aleatório: Mesária nas Eleições

Para quem não sabe, fui convocada para ser mesária nessas eleições. E como qualquer pessoa forçada a fazer alguma coisa, não estava feliz com isso. Quando recebi a carta de intimação, fui pensando em qual desculpa daria no TRE para me livrar dessa, mas chegando lá a responsável nem me deixou falar.
Sai de lá pensando: "não vou! não vou e pronto! o que eles podem fazer?"
Me falaram que eles podem me prender, mas não sei se é verdade ou se era só o meu irmão usando o terror psicológico para manter sua posição social na família de irmão mais velho. (falei bonito agora!)
Enfim, chegou o domingo, dia 7 de outubro, dia das eleições municipais no Brasil, e resolvi ir por 2 motivos: o primeiro é que pensei nas outras pessoas que estariam na mesa e na sessão e seriam prejudicados pelo meu não comparecimento e outra porque o colégio eleitoral é bem perto da minha casa, não tinha planos para o domingo e não me custava nada ir.
E para ser sincera não foi tão ruim quanto eu imaginava. Na verdade, acho sinceramente que todo mundo deveria ser mesário pelo menos 1 vez. É uma experiencia que faz parte de ser brasileiro.
Primeiro que não cheguei lá com raiva nem nada do gênero. Fui cansada por ter que acordar às 6:30 da manhã no domingo - tem que chegar lá às 7 hrs para montar a mesa e tudo - a votação mesmo só começa às 8 hrs. Mas eu estava com um relativo bom humor para uma manhã. Ainda fez um sol lindo, e dias de sol como aquele não é possível ficar mal humorada andando na rua.
O presidente da mesa que eu estava sabia muito pouco, porque era a primeira vez que participava de eleições. O "treinamento" oferecido pelo TRE obviamente não era o suficiente, e faltava fiscais para orientação. Mas dividimos a sala do colégio estadual com uma outra sessão, que tinha uma presidente que sabia mais e foi super solicita quando perguntamos o que deveríamos fazer.
Uma vez com tudo montado, começou a votação.
Assim que abre a votação tem uma meia dúzia de pessoas que querem se livrar logo disso, mas em menos de meia hora revolvemos essas pessoas e dai ficamos atendendo 1 pessoa a cada 10 minutos.
Foi nesse ritmo tranquilo até umas 11hrs. De 11 da manhã até 13:30 é o horário de pico. Não chegou a fazer uma fila na sessão, mas quem chegava tinha que esperar um pouquinho. Na verdade, o horário de pico significou a gente atendendo sem parar - por isso, nas próximas eleições, procure não votar nesse horário.
Depois disso, o fluxo de pessoas voltou a ser bastante tranquilo. Pelas 15:30 deu um outro pico de pessoas, mas menos que o de meio dia. E no final o dia foi tranquilo.
Na hora de realizar os procedimentos de desmontar a sessão, guardar a urna e etc que o problema voltou. Ninguém sabia direito o que fazer, como fazer. E de novo, não havia ninguém do TRE para auxiliar direito. Todo mundo já estava cansado e com um pouco mau humorado. A situação foi meia tensa, mas realmente espero que não tenha havido problema.
Tudo o que eu falei até agora foram as coisas normais de um dia como mesário. Mas você deve ter pensado que em algum momento nos foi oferecido uma água? Um café para gente ficar acordado? E o almoço? Uma barrinha de cereal como lanche de manhã e de tarde pelo menos? Nada disso. E para piorar, o sol que deixou minha manhã tão feliz, só fez esquentar durante o dia. A sala que estava minha sessão, que é normalmente o refeitório do colégio municipal, foi esquentando ao ponto de ficar quase insuportável. Os ventiladores que existiam não davam vazão, e o pouco ar que sopravam era quente. Em um momento da manhã foi oferecido um café na garrafa térmica que tava mais doce que melado. E UMA vez a tarde nos foi oferecido água.
Para o almoço, lembrando que foi na 'hora do pico', nos revezamos saindo. O TRE nos dá um vale alimentação no valor de R$21,00, porém não existe nada muito perto do colégio eleitoral para você comprar qualquer coisa!! Ainda mais tentando almoçar o mais rápido possível para que a outra pessoa possa sair pra almoçar também e não deixar ninguém sobrecarregado na mesa.
Como já disse que era bem perto da minha casa, vim almoçar em casa e levei uma garrafa de água que estava gelada quando eu sai de casa, mas lá, rapidinho ficou quente.
As pessoas com quem eu trabalhei eram muito simpáticas, o que facilitou bem o trabalho. Até comentei como no final do dia eu sentia que já conhecia as meninas a anos depois de tudo o que vivemos durante o dia.
Mas sinceramente, se não fosse o calor e a falta de respeito do TRE para/com as pessoas eu até me voluntariaria para participar de novo.
No final, cheguei em casa morta e sonhei que estava recepcionando as pessoas, pegando o título de eleitor, encaminhando para a cabine etc...


Obs. Pessoas, não deixem de levar seu título. Ele não serve para muita coisa, mas ficar procurando se o nome da pessoa está em cada sessão é um inferno. E acredite, depois de 2 anos, você não lembra o numero da sessão, e sim, eles podem mudar a sala de lugar. É a única coisa que o título serve, você saber onde deve ir para votar.

6 de out. de 2012

Livro: O Inverno das Fadas

Se eu tivesse que resumir esse livro em uma frase eu diria: Uma ideia genial que foi mal trabalhada.
Descobri esse livro muito por acaso rodando a sessão infanto-juvenil da livraria (sim, gosto de passear por lá, é tão colorido! E de vez em quando tem coisas bem interessantes).
A capa do livro já é bem bonita e chama atenção. Um livro sobre fadas. Depois de vampiros, lobisomens, bruxos... porque não fadas? Dai fui ler a sinopse para saber como as fadas entravam na brincadeira.
A ideia, que eu achei genial e fiquei louca para ler o livro, é a seguinte: Existe uma explicação para os grandes artistas (escritores, músicos, poetas, pintores e etc) que fazem muito sucesso porém morrem cedo. A fonte de inspiração deles é na verdade uma fada, porém essa espécie de fada não é madrinha, pelo contrário. Em troca da fama e dinheiro - a inspiração que torna a sua arte uma obra prima -, ela leva a sua alma. E seja com drogas ou se suicidando, o artista morre cedo, sem muito tempo para aproveitar. O ser espiritual não faz por mal. Ela depende dessa energia criativa do artista para sobreviver.
A quantidade de pessoal geniais que morreram cedo, normalmente com 27 anos, torna totalmente crível a história. Ninguém sabe ao certo porque essas pessoas se matam com drogas quando aparentemente tem tudo que sempre quiseram.
Mas o livro é bem estranho. Para começar, no início dos capítulos temos uma frase de uma música em inglês. Algumas tem até relação com o capítulo que vem a seguir, outras não. Por causa disso, fui ver quem era a autora, e descobri que faz parte dessa nova geração de autores brasileiros. Carolina Munhós é uma paulista um pouco mais nova do que eu. Pensando agora, acho que a música era a que ela estava ouvindo quando escreveu o capítulo.
Pelo texto, percebemos claramente que ela é fã de Harry Potter (sério, o nome do concurso que o protagonista vai participar é Belatrix Potter); de Brumas de Avalon - as fadas se referem a uma Deusa e fazem os respectivos rituais pagãs. No livro, faltou identidade. É uma mistura desses dois estilos de escrita, sem nada muito novo, sem grandes variações. Não sei com que idade a Marion Z. Bradley morreu, mas como já se foi, ela poderia ter sido influenciada por essa entidade do além, mas cara, a JK Rowling está viva. Ela não tinha que ter citada, nem deveria aparecer nesse livro. Harry Potter não foi inspirado por uma fada que suga a sua alma. Ela estando ali quebra a dúvida...
Não sei quanto a vocês, mas eu gosto de pensar que existe magia no mundo, só que infelizmente eu não sou um ser mágico. Harry é genial porque todo o mundo bruxo está "escondido" de nós, logo Hogwarts pode sim existir. E eu acreditei nesse mundo mágico durante muito tempo e só me convenci que ele não existia mesmo quando pensei nas criaturas mágicas (os bruxos não tem como escondê-las de nós). A ideia que Carolina teve era para me fazer acreditar que esse tipo de fada existe sim, infelizmente a quantidade de referencias a outros livros que eu conheço bastante bem, torna isso impossível.
O livro é escrito em 3ª pessoa, e nós leitores temos todas as informações o tempo todo. Não existe suspense. Logo na primeira metade do livro pensei em como seria genial se o livro fosse escrito pelo William  - autor que é influenciado pela fada Sophia - em 1ª pessoa. A visão dele, como ele conheceu a fada, como ela o inspirou e mudou a vida. Aos poucos ele ir descobrindo quem ela é, e consequentemente o futuro, ou a falta dele. Não vi nada de diferente nele que explicasse porque ele não deveria morrer, logo pra mim ele morreria antes de finalizar o livro e o último capitulo seria escrito pela fada Sophia, contando a versão dela e como ela não tem culpa de ser quem ela é e fazendo pequenas referencias a outros artistas que morreram cedo, no auge da carreira.
Isso foi uma outra coisa que não gostei nesse livro. Tudo bem que para justificar o livro era necessário que acontecesse uma exceção a regra, mas não vi o motivo do William ser. Sabia que ele não morreria, por ser bem óbvio mesmo e que de alguma forma eles iam ficar juntos no final, mas que eu tava torcendo para ele morrer eu tava. Não vi nele a exceção mesmo. Ele é um cara completamente sem graça e sem motivo de ser.
O livro se passa na Inglaterra, outra coisa que não entendi bem. Tudo bem que ela é fã de Harry e Brumas, mas ela não conseguia colocar a história aqui no Brasil? Se ela precisava de inverno com neve, vai para o sul. A gente tem magia aqui também!
Finalizando, o livro é uma ideia genial, que poderia ser para um público menos juvenil se ela esquecesse um pouco as referencias e criar seu próprio estilo, sua identidade e acima de tudo, sua mitologia.