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12 de nov. de 2013

Livro: Laços de Sangue


Eu não queria ler esse livro agora porque sei o efeito que a Richelle Mead tem em mim. Apesar de eu ter mais de 40 livros para ler me aguardando, estou desesperada pela continuação e me controlando ao máximo para esperar a editora Seguinte lançar em vez de comprar o inglês. (Que foi o que aconteceu com a série Academia de Vampiros, da mesma autora e praticamente o começo dessa série).
A mitologia criada em Academia de Vampiros deu tão certo que a autora resolver escrever um spin off, ou seja, pegou uma personagem relativamente carismática da primeira série, mas que não teve grande importância, e esta virou protagonista da série Bloodlines. O gatinho nº 2, que só se ferrou na primeira série, ganhou um espaço maior e virou o gatinho nº 1 nessa série.
Ficou confuso? Talvez um pouco, mas Richelle é assim. Confunde, mistura, muita coisa acontece em pouco tempo, várias não fazem sentido... Mas por algum motivo, a história é viciante.
E honestamente não sei explicar porquê.
Se eu der um passo para trás e parar para analisar o livro, vou perceber os vários erros de histórias, as situações além do impossível, a quebra na própria mitologia. Contudo, quando eu estou lendo, nada disso importa. Tudo faz sentido e se encaixa. Cada página puxa a outra, cada aventura me surpreende.
Sinceramente, não acho legal ler esse livro sem antes conhecer Academia de Vampiros. Você vai ficar perdido. Ela explica parte da mitologia, de novo, o que deixa quem já conhece um pouco cansado. E alguns mistérios perdem esse status uma vez que você entende o mundo em que se passa a história. Confesso que não lembrava muita coisa da primeira série, mas aos poucos tudo foi voltando. É... pensando melhor, talvez seja melhor começar por essa série... um pouco de mistério nunca vez mal a ninguém... porém não sei se sem conhecer a primeira série, essa te explicará tudo. Acho que sim, mas bem aos poucos, a medida que for sendo necessário para explicar a nova história. Como já disse, não lembrava de muita coisa, e não me fez falta esse conhecimento prévio.
As poucas cenas que a Rose aparece, ela rouba o livro. E pensando um pouco agora, a personalidade da Sydney sofreu grandes alterações para ficar mais parecida com a de Rose. E a Jill, que era fofa e simpática, virou a Lissa (chata, sem graça, e incapaz de ter outros amigos). Mentira, nenhum personagem jamais será tão chato quanto a Lissa.
A relação com os strigoi nesse livro muda um pouco, o que me dá uma pequena esperança que ela irá abalar a sociedade e mostrar que strigoi nem sempre é do mal. Ao mesmo tempo, sei que isso é impossível. Ela criou o bem e o mal e vai manter o mundo nisso. Talvez a grande capacidade da autora é me surpreender por não me surpreender. A gente pensa "não... não pode ser tão óbvio", mas é. Tá bom, algumas vezes não é tão óbvio assim...
Uma coisa que não entendi foi o porque da rosa na capa. Não faria muito mais sentido se fosse um lírio? Mesmo que no vermelho e talz... Tudo bem que o nome do 2º livro é "O Lírio Dourado", e tem essa flor na capa, mas ainda assim, a rosa não tem sentido. Ela ficou na academia de vampiros!! Virou guarda costas da Lissa chata. Enfim, vai entender o que se passa na cabeça dos designers que criaram a capa.
Ah, e se você está feliz, como eu tava, achando que é uma trilogia, com as 3 capas bonitinhas que a Ed. Seguinte já divulgou, fico contente em anunciar que você está enganado. Vai até o 6, de acordo com o Goodreads, sendo que o último ainda não foi lançado. E imagino que toda essa história se passará em apenas 1 ano, como aconteceu com a primeira série. Jura Richelle? Precisava mesmo disso tudo?

Obs. Editora Seguinte, alguma chance de vocês publicarem o capítulo perdido do Adrian? Mesmo que só e-book. Fiquei curiosa agora.

Droga. Vou ler qualquer outra coisa para tentar esquecer essa série e esperar, esperar, esperar...