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29 de jan. de 2012

Filme: Cavalo de Guerra

Só fui assistir esse filme no cinema porque ganhei os ingressos, afinal uma história sobre um cavalo que vai para guerra e depois reencontra seu dono a muito perdido... me pareceu que acabaram os contos sobre amor e amizade entre humanos e quiseram utilizar cavalos...
Mas subestimar Steven Spielberg nunca é uma boa ideia...
O óscar com certeza vai para o cavalo principal. Não sei como eles fizeram aquelas cenas, mas foi fora do comum. Não tem como justificar em palavras aquelas cenas. Foram simplesmente belas, inteligentes, subjetivas.
Falando um pouco sobre a história, a guerra do filme é a de 1914 - 1ª guerra mundial. O primeiro dono do cavalo, que o treina e para quem ele volta, é inglês, ainda com 17 ou 18 anos e ganha o cavalo do pai contra a vontade da mãe.
As primeiras cenas do filme são bem "Spirit o corcel indomável" - com direito a trilha sonora. O cavalinho nascendo, um vínculo fora do normal entre potro e égua. A sessão de treinamento do cavalo pelo menino é interessante de ver, algumas coisas até engraçadas. Então a Inglaterra entra em guerra, e como o pai está com problemas financeiros, decide vender o cavalo, sem o consentimento do filho, para o exército.
O Coronel que compra o cavalo promete que cuidará do mesmo. Mas na primeira batalha ele morre. Os ingleses vão com espadas ao encontro dos alemães, que estão com metralhadoras. Não é preciso dizer a desgraça que acontece.
Os cavalos vão para o exército alemão, onde dois irmãos os usam para fugir do recrutamento. São encontrados, e os cavalos ficam para uma menininha doente que mora com os avós. ( E sim, são dois cavalos, porque o principal fez um melhor amigo!!).
Depois de um tempo os cavalos acabam sendo confiscados pelo exército de novo (acredito que alemão, mas como todo mundo falava inglês no filme, fica complicado distinguir quem é quem. Talvez fosse esse mesmo o objetivo do filme. Mostrar que sem as diferenças da nossa língua, não somos diferentes.) Essas pessoas maltratam mais os cavalos. Talvez as únicas do filme até então que de fato tratam mal os animais e os veem apenas como uma ferramenta.
No final, nosso protagonista - que NÃO FALA - consegue fugir e acaba ficando preso na "terra de ninguém" (nobody land) - isto é, aquele terreno morto entre duas trincheiras inimigas. (pra quem não lembra, a 1ª Guerra também ficou conhecida como a guerra de trincheiras).
Um soldadinho alemão e inglês vão ajudar a tirar o cavalo que estava preso no arame farpado. E então vem a sacada genial do filme - uma vez que o cavalo está solto, pra que lado ele vai? Eles tiram no cara e coroa!! E o exército que perde aceita a derrota tranquilamente, e ainda deseja sorte ao mais novo amigo!. Essa cena foi de fato genial.
É verdade que chorei nesse filme, me apaixonei pelo cavalo. Cada história que cruzou com ele foi surpreendente e como já disse, as cenas são lindas e muito bem feitas. É uma pena não ter passado no grande circuito de cinema aqui no Brasil, mas se vocês puderem, vejam.

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