Páginas

22 de set. de 2012

Livro: Qual seu Número?

" Desculpa por ter gritado com você no hotel - diz ela. Acho que estou procurando por alguma desculpa porque não entendo a razão pela qual você ainda não encontrou alguém, e eu não gosto de ver você sozinha. Querida, eu me preocupo com você porque... bem, acho que você é muito parecida com o seu avô quando o assunto é amor. As coisas não são como nos filmes. Não existe esse negócio de 'bum'. Você não está sendo realista quando insiste em esperar que um homem perfeito, que não existe, entre em sua vida. Você vive se envolvendo em coisas que são maiores que a própria vida - ideias, homens - situações mais complicadas do que você consegue lidar, e que a acabam derrubando. Mas tudo o que vem fácil, se vai fácil. Não estou dizendo que você tenha que deixar de viver a sua vida, mas você precisa parar de achar que o mundo vai se curvar aos seus desejos, em relação à vida e ao amor. Pare de tornar as coisas tão difíceis para si mesma. Pare de lutar contra tudo na sua vida, Delilah, desde homens imperfeitos até os abraços que eu lhe dou. Se você relaxar e parar de bater de frente com tudo, você vai perceber que até respirar se torna mais fácil." (pág 326)

Como estava precisando de um Chick Lit na minha vida. Qual o seu Número? é um desses livros tranquilos de ler, que tiram a minha mente das maldades de mundo e me fazem acreditar que o amor existe, que vai aparecer o cara perfeito para mim eventualmente.
Essa passagem que coloquei aqui foi com certeza a que mais me marcou. É um conselho da mãe para filha. Não tem muito a ver com história do livro e por isso se destacou tanto. Ás vezes eu acho que a minha mãe gostaria de encontrar essas palavras para falar para mim, e eu acho que deveria seguir esse conselho do livro e relaxar mais, parar de lutar contra tudo.
Mas falando do livro, que é muito fofo, conta a história de Delilah, uma mulher de 30 anos que já fez sexo com 20 homens. Ela perde o emprego e lê em uma revista feminina que a média de homens que as mulheres fazem sexo é de 10,5. Estando tão acima da média, ela resolve dá uma basta. Por um momento, pensa em não fazer mais nada até morrer, mas dai reencontra em ex namorado, percebe o quanto ele mudou e decide então ir atrás de todos os homens que ela já fez sexo para ver se algum é de fato o amor da vida dela.
Estando desempregada, e com o bônus do emprego, Delilah resolve alugar um carro e precorrer os EUA atrás dos exs.
Mas ela é uma pessoa completamente doida. Devido a sua inabilidade de mexer no computador (além disso acho que o livro foi escrito antes das redes sociais) ela acaba contratando o vizinho, Colin (lindo e maravilhoso devo acrescentar) para encontrar os homens da lista. Ele, sendo filho de detetive particular, conhece bem como fazer o trabalho.
Logo na primeira parada, ela resolve comprar um cachorro, porque afinal, aquele ex tem um cachorro, que ele já amava mais que ela durante a época que ficaram juntos, mas o cachorro criou um laço de amizade com a protagonista ainda naquela época. Para evitar ciúmes, ela simplesmente comprar uma cachorrinha e a partir dai a viagem passa a ser em dupla, com a yorkshire dentro de uma bolsa para cachorros, entrando escondidas nos quartos de hotéis.
Ela se interna em uma clínica de reabilitação para encontrar um ex que estava internado - com o detalhe que ela não usa drogas, e pensou seriamente que em 2 dias poderia simplesmente sair de lá.
Depois disso, ela diz que é amante do namorado de um ex-namorado - que é gay e está de luto porque o namorado morreu. Sim, ela invade um enterro.
E por ai vai. Não sei qual são piores, se as histórias de como ela ficou com os caras pela primeira vez ou as loucuras que faz para reencontrá-los.
Tudo bem que com 20 ex namorados ela tem bastante história para contar, mas oh dedinho podre o dela. Até um que virou padre tem.
Enfim, é uma história deliciosa, com um humor ácido na medida certa. Um livro que te ajuda a acreditar que não existem erros, apenas decisões que tomamos que nos fazem quem somos no final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário