Alexia Tarabotti já se tornou uma das minhas personagens
preferidas e não vejo a hora de pegar o 2º livro para ler! Alexia é uma mulher
forte, temperamental, sem medo de falar o que pensa e consciente de si mesma.
Sua beleza é fora do padrão da época, e por isso, aos 26 anos, continua
solteira. Para piorar tudo, ela é uma “preternatural”, ou seja, nem natural (como nós, humanos); nem sobrenatural (como
os lobisomens e os vampiros). E por não ter alma, quando toca um ser
sobrenatural ele “volta” a condição de humano, e perde o seu poder
sobrenatural. Nesse período, inclusive
se torna mortal. Mas essa volta a humanidade acontece apenas pelo período do
toque. Assim que o contato se perde, a condição sobrenatural volta.
E como representante dos lobisomens, temos o Alfa Conde
Maccon, lindo e maravilhoso. O lobisomem quase perfeito que vive um amor a lá “megera
domada” com a nossa protagonista. Achei que fosse enrolar mais para as coisas
acontecerem, mas até que as cenas picantes acontecem relativamente rápido.
Como principal representante dos vampiros, temos o Lorde
Akaldame, meio que representando a classe gay também. Um vampiro sem colmeia,
já burro velho e por isso bastante poderoso. Treina seus “zeladores” (humanos
que tem uma relação sexual e amorosa com os seres sobrenaturais e, no caso dos
vampiros, também servem como alimento) para que eles possam se infiltrar pela
sociedade e descobrir tudo o que está acontecendo. Informação já era poder
desde aquela época, pelo menos nessa história.
No livro, a alma é tratada como ciência, e investigada como
tal. Um grande mistério está acontecendo pois vampiros e lobisomens sem colmeia
ou alcateia estão sumindo e novos estão surgindo sem conhecimento necessário da
sociedade. É um grande mistério.
**Spoiler abaixo**
Os lobisomens e vampiros estão sendo mantidos em cativeiros
e sendo realizados experimentos com eles. Tirados seu sangue, e colocado em
‘humanos cobaia’ para analisar e descobrir como acontece a transformação,
porque algumas pessoas sobrevivem a mesma e outras não. São experiências
hediondas, que olhadas a fundo, acabam lembrando partes da nossa história. Holocausto
está ai. Quantas pessoas não foram analisadas, torturadas e mortas em nome da
ciência? Se eles são vampiros, lobisomens, judeus, homossexuais ou ciganos,
qual a diferença na verdade? O livro tem esse fundo de crítica à ciência e aos
experimentos. Até que ponto é permitido torturar as pessoas em nome do
conhecimento?
Enfim, o livro é lindo. Fiquei completamente apaixonada.
Quero nomear minha filha de Alexia em homenagem a essa personagem gostosa
demais de ler. Recomendo a todos que
deem uma chance e leiam o livro. Mesmo parecendo doido no começo, é delicioso!
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