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29 de jul. de 2013

Livro: Especiais

Finalmente li o último livro da série Feios. É verdade que ainda existe o livro Extras, que vem depois de Especiais, porém não faz parte da série. Quer dizer, faz... mas não faz. Deixe-me explicar melhor: Especiais ainda tem a mesma protagonista, os mesmos problemas, os mesmos gatinhos. Extra, tem outra protagonista, outros problemas, outros gatinhos, ou seja, é outra história. Mas falaremos dele em um futuro próximo. Por agora vamos nos ater ao livro Especiais, a última aventura de Tally.
O autor seguiu uma sequência bastante lógica na hora de criar suas histórias. A nossa querida protagonista passaria por todas as 'fases' dentro daquela sociedade. Se no primeiro livro ela era uma feia, sem cirurgia, basicamente uma menina comum e no 2º livro ela é uma perfeita, com os olhos grandes e pele perfeita, nesse 3º ela virou uma especial, ou seja, faz parte do grupo responsável por proteger a cidade, das circunstâncias especiais, e com isso ganhou uma aparência assustadora, dentes afiados e, claro, uma pequena alteração cerebral para acreditar que todos querem destruir o planeta, viver no mato é melhor que na cidade, não existe o amor, todos os outros são fracos, e etc...
Mais uma vez, mexem no cérebro dela. E de novo o livro é ela aprendendo a se identificar além do que a sociedade, ou a operação, impõe. Todos os livros dessa série seguem um padrão muito claro de como funcionará. E com isso ele mantém aquela de "não decepciona, mas também não surpreende".
A única coisa que me surpreendeu foi quando ele matou, sem dó nem piedade, um dos gatinhos. Na hora que li não entendi muito bem, nem o porque. Depois, pensando sobre o livro e até depois de ter lido outras coisas, percebi o que falta nesse livro e porque ele fez isso.
Vamos pensar juntos: Scott Westerfeld é um homem. Tally é uma menina de 15 anos. Scott NUNCA foi uma menina de 15 anos. Ele não sabe como nem o que uma menina dessa idade pensa, ainda mais relacionado a garotos. Quando está divida entre 2 gatinhos então. Ele não sabe escrever os sentimentos dela. Ele jamais conseguiria escrever a escolha dela. Então a resposta simples é lógica, mata um dos meninos e resolve o problema. Ela vai ficar com o outro porque não tem mais uma escolha para fazer. E pensando por esse ponto, a sacada foi bastante genial.
E isso foi uma coisa que tinha me incomodado no 2º livro. Fiquei esperando o DR entre ela e o David por toda a leitura. E o DR dura 1 (UMA) página. Ela olha para um, para o outro e decide. Simples. Sem muitos sentimentos envolvidos, sem grandes explicações, sem dúvidas.
Porque claro, adolescentes não tem dúvida nenhum do que fazer da vida. São pessoas decididas!
Mas a proposta dele é boa. E não funcionaria com outro personagem.
É uma série que faz as pessoas pensarem. E se você é um menino, ou não tem mais paciência para as chatices das meninas de 15 anos, você provavelmente se amarrará nesse livro.

Como já faz um tempo que li o livro, foi isso que ficou na minha cabeça. E também lembro que havia vários erros de edição, palavras erradas e etc. Mas pode ser que eu esteja treinando meu olha na editora...


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